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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

4. A arte de preservar


ambiente/natureza/sustentabilidade

Ambiente e símbolos do dia: Recipiente com bastante água, plantas, flores e frutos, lixeiro.

Oração Inicial
Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém! (2x)
Nas horas de Deus, amém! Que a colheita seja boa, que ninguém mais vague à toa, Nas horas de Deus, amém! (2x) (cantado)

(O coordenador motiva os presentes a repetirem a seguinte oração)
Pai santo, criador do céu e da terra. Nós cremos que tudo foi criado segundo a tua bondade. Por isso, te pedimos perdão por não valorizarmos o meio ambiente.
Jesus ajude-nos a preservar a vida do nosso planeta. Nós precisamos cultivar as coisas boas que existem na terra.
Espírito Santo ilumine todos aqueles que governam o mundo inteiro, afim de que promovam a vida digna para todos e respeitem as tuas obras. Amém.

Leitura bíblica: Gênesis 1, 28-31.
Canto: Xote ecológico.


REFLEXÃO

“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” Gn 1, 31

A natureza, dom de Deus, por si só, tem uma harmonia, um ciclo que não pode ser desrespeitado sem que entre em transtorno. O homem, como ser pertencente à natureza, e não senhor desta, faz repercutir todas as suas ações sobre a mesma.  A este ser, único a produzir cultura, dada a capacidade de pensar, estaria confiado o papel de cuidar da natureza, na medida em que dela tirasse o seu sustento.
A concepção antropológica é fundamental para determinar a posição e o papel do homem diante dos bens naturais. Contudo, se é verdade que as facilidades aumentaram, também é notório que a maior parte da população vive à margem destas inovações. O progresso atende apenas a uma parte da sociedade que criou muitas necessidades, cuja realização aparece cada vez mais como algo impossível do ponto de vista ambiental e social. A crise da civilização consiste no modelo que cria, ao mesmo tempo, as necessidades e suas impossibilidades.
            A partir do modernismo, o homem passou a ocupar o “centro” do mundo e, desde então, tem-se acelerado a sua exploração a natureza em virtude de um suposto ‘bem-estar’. O trabalho passou a ser entendido como dominação e exploração da natureza. Os avanços científicos cresceram desacompanhados de um senso ético, capaz de direcionar ao real objetivo das pesquisas: o ser humano. Infelizmente, o cuidado com a natureza fica submisso a interesses econômicos geralmente ligados ao agronegócio, a pecuária extensiva e ao mercado imobiliário.
Como consequência dessa exploração desmedida, assistimos ao esgotamento dos recursos naturais, aos desastres causados mau uso da tecnologia tecnológica e a constantes desequilíbrios ambientais causados pelo desmatamento das florestas; queimadas; efeito estufa; a poluição das águas, etc., os quais vêm causando sérias consequências em diversas partes do mundo. Tais atitudes fazem crescer a extinção das espécies e comprometem biodiversidade. Tais calamidades causam sofrimento especialmente aos mais pobres, os quais têm de suportar o caos, a fome e a doença.
             É verdade que há uma consciência coletiva a respeito da situação do planeta; exemplo disso é que a comunidade internacional, por meio da ONU, tem-se mobilizado à redução de gases causadores do efeito estufa. No entanto, a resistência, sobretudo dos países mais industrializados, os mais poluidores, como Estados Unidos, Canadá e Austrália, os quais se recusaram a assinar o tratado de Kyoto(1997), o qual prevê redução de liberação de Gás carbônico.
Diante de tal cenário, faz-se necessário tomas medidas urgentes de consciência. O importante é reconhecer que a terra não nos pertence, mas é, antes, o nosso ecos, a nossa casa. A sua destruição representa uma ameaça à vida humana. Trata-se, pois, de garantir os recursos naturais as futuras gerações que serão em maior número que a atual. As ações devem ocorrer nas instâncias micro, na medida em que cada pessoa deve-se descobrir como parte do ecossistema local e passa a consumir responsavelmente, e na instância macro, por tratar-se um problema estrutural, que não encontrará soluções sem uma política diferenciada. A ética do cuidado deve partir de valores universais, sobretudo para orientar o bom uso da tecnologia.
A sustentabilidade só se dará pela mudança de hábitos, nos padrões de consumo, especialmente no que diz respeito ao consumo exacerbado de bens supérfluos, poluidores do meio ambiente. Num contexto maior, pede-se seriedade no estabelecimento de políticas públicas que apoiem iniciativas de preservação ao mesmo tempo fiscalizem com rigor as práticas abusivas. É preciso considerar os impactos do ambiente natural com manejo criterioso baseado em leis de proteção. Integrar desenvolvimento e conservação, tornando-o sustentável, verdadeiramente integral. 

Que medidas locais podem ser tomadas para a preservação do meio ambiente?

Referências bibliográficas:
BOFF, Leonardo. Saber cuidar: ética do humano-compaixão pela terra. Petrópolis:Vozes, 1999.
BORGES, Wilton & OLIVEIRA, Jelson. Ética de gaia: ensaios de ética sócio-ambiental. São Paulo: Paulus, 2008.

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