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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

1. A arte de SER


                                         (pensar a pessoa na sua totalidade)

Ambiente e símbolo do dia: Um painel ou cartaz, que apresente figuras de bebês, jovens, adultos e idosos.

Oração inicial
Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém! (2x)
Nas horas de Deus, amém! Que o bem nos favoreça, que o mal não aconteça, Nas horas de Deus, amém! (2x) (cantado)

(O coordenador motiva os presentes a repetirem a seguinte oração)
Deus Pai, Senhor da Vida, aqui estamos para iniciarmos a nossa Colônia de Férias. Dê-nos a graça de vivermos esses dias com saúde, paz, amor e alegria.
Jesus fica conosco! Vem ser nosso irmão e guia. Ajuda-nos a ser como D.Bosco, sinais e portadores do teu amor para os nossos irmãos e irmãs.
Espírito Santo vem nos ensinar o sentido na nossa vida. Queremos viver bem, hoje e sempre. Amém.
Leitura bíblica: Gênesis 1, 26-28a.
Canto: A gente tem um mundo. 

REFLEXÃO


“Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, homem e mulher os criou”(Gn 1, 27)
           
      O homem é, por natureza, portador de questões existenciais. Desde Sócrates, o “conhece-te a ti mesmo” é a via do humano em busca de um sentido maior, uma razão última que justifique o seu existir. O  ser humano só pode ser visto no contexto maior em que está inserido: a natureza. O homem, pela faculdade da razão, se torna diferente de todos os outros animais; ela lhe dá características bastante especificas. Ele é o único a ter consciência de sua situação de desamparo no mundo.
            Para os animais irracionais é suficiente buscar meios ou recursos que satisfaçam as suas necessidades biológicas mais básicas. Na medida em que isto ocorre, fica expresso o seu equilíbrio; depende unicamente do mundo natural, no qual está completamente arraigado. O homem, no entanto, precisa buscar razões para a própria existência, além das que se apresentam como necessidades fisiológicas, ou seja, O ser humano não está simplesmente no mundo, mas busca uma razão que dê plenitude ao próprio existir.
Ao nascer, o homem é o mais frágil e passivo de todos os animais. No seu princípio, a sua razão é bastante rudimentar, o que torna qualquer tipo de sobrevivência impossível, não fossem os cuidados vindos de fora. Por ser um animal, as necessidades fisiológicas devem ser atendidas. Mas por ser também humano, mesmo quando atendidas, são insuficientes para sua saúde mental.
É verdade que com o progresso o ser humano tem confundido essa busca de si com a ascensão social. Propagandas confundem as pessoas, afirmando o ‘ter’ como caminho necessário ao ‘ser’. Contudo, em poucas palavras, o homem só se encontra de fato quando mantém uma boa relação consigo, com os outros e com Deus.
            Toda pessoa é chamada a ser mais, a superar-se constantemente, deste modo a vida apresenta-se dinâmica. O sujeito é protagonista da própria história, ele tem sempre a última palavra sobre si próprio, mesmo quando as pressões externas parecessem sufocá-lo. Por isso a pessoa é livre, quando é capaz de se autônoma, quando obtém maturidade para responder por si própria.
            A formação de qualquer individuo sempre passa por um processo educativo mediado pelos outros. O ser humano não é uma ilha e desde os primeiros instantes de vida depende dos outros para existir. De maneira que uma vida saudável só se dá na relação com os demais, que me fazem ser, na medida em que há uma contribuição mútua. Embora a pessoa seja única, só é capaz de afirmar-se na medida em que reconhece a humanidade do outro.
            O homem, como criatura de Deus, tem o desejo divino inscrito no próprio coração. A própria existência humana é um convite de Deus, por amor, para que o homem viva em comunhão com Ele. O homem, livre para dar o seu assentimento, pode esquecer tal dom. Contudo, Deus não cessa de chamar o homem a realizar a sua própria vocação, o retorno a seu criador. Só assim a criatura encontra-se.  Em Jesus Cristo, que viveu a humanidade em sua plenitude, o homem encontra o modelo perfeito de ‘ser’.
Qual a relação entre ser e ter?

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