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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

8. A arte de Sorrir

Ambiente e símbolos do dia: vários bolões coloridos com desenhos de rostos sorrindo e outros com algumas palavras (alegria, otimismo, perseverança, etc.).
Oração Inicial
Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém! (2x)
Nas horas de Deus, amém! Deus abençoe os artistas, as crianças e os catequistas, nas horas de Deus, amém! (2x) (cantado)
(o coordenador motiva os presentes a repetirem a seguinte oração)
Deus Pai, nós te agradecemos por nos ter criado para a felicidade!
Jesus, o Senhor sabe que muitas vezes nós ficamos tristes e buscamos tantas formas para sermos felizes e nem sempre acertamos. Por isso: fica conosco!
Espírito Santo vem dá-nos o dom da alegria. Nós queremos ser pessoas felizes hoje e sempre. Amém.

Leitura bíblica: Filipenses 4,4-9. Ou Eclesiástico 30, 22-27.
Canto: É preciso saber viver – Tente outra vez.


REFLEXÃO 

Algumas pessoas pessimistas podem até dizer que neste mundo cheio de violências e catástrofes ou numa sociedade que exige tanto que as pessoas sejam “perfeitas”, não há espaço para ser feliz. Os otimistas, no entanto, percebem que a felicidade pode estar presente em nosso cotidiano,  nas pequenas coisas e se “descabelar”, ferindo a si proprio e aos outros, não resolve nossos problemas.
    E o primeiro lugar onde devemos encontrar a felicidade é dentro de nós mesmos, se não , como podemos partilhar com os outros o que não temos?
    Segundo a busca pela verdadeira felicidade é o grande objetivo de nossa vida, que vamos cultivando e desenvolvendo aos poucos.  Como Cristãos, enxergamos no evangelho e nos ensinamentos de Cristo nossa luz para encontrá-la. O Pai e mestre da juventude, São João Bosco, dizia que o “Demônio tem medo de quem é alegre” e que “o homem alegre o céu ajuda”. Também aconselhava: “ Se quereis que a vossa vida seja alegre e tranquila, esforçai-vos para permanecer na graça de Deus”.
    Sendo assim, o desejo de ser feliz não tem nada de egoísta, muito pelo contrário. Na realidade, muitas pesquisas já  revelaram que são as pessoas infelizes que costumam ser mais centradas em si mesmas e que, em termos sociais, com freqüência são retraídas, ensimesmadas e até mesmo hostis. Já as pessoas felizes são em geral consideradas mais sociáveis, flexíveis, criativas e capazes de suportar as frustrações diárias com maior facilidade do que as infelizes. E, o que é mais importante, considera-se que sejam mais amorosas e dispostas ao perdão do que as infelizes.
    E a melhor forma de demonstrar a felicidade é o sorriso e não há ninguém que precise tanto dele como aqueles que não sabem mais sorrir, aqueles que perderam a esperança... Os que vagueiam sem rumo... Os que não acreditam mais que a felicidade é algo possível... O sorriso é sempre bom para quem sorri e melhor ainda para quem o recebe, pois tem  o poder de fazer mais amena a nossa caminhada. Dessa forma, se não temos o hábito de levar a vida sorrindo, comecemos a cultivá-lo, e veremos que  mesmo que aparentemente  não  mude a situação à nossa volta, nós, intimamente, nos sentiremos mais felizes. Você sabia que o semblante carregado, ou seja, a “cara amarrada”, como se costuma dizer traz ao corpo um desgaste maior que o promovido pelo sorriso? Isto quer dizer que, quando sorrimos, utilizamos menos músculos e fazemos menos esforços. Assim sendo, até por uma questão de economia, é mais vantajoso sorrir.  Vejamos também o que diz  Silvia Helena Cardoso – Núcleo de Informática Biomédica – Unicamp, a respeito da importância da alegria e do sorriso para nosso bem-estar físico:
“Alegria tem uma atuação direta no corpo. A energia que ela emana se espalha por todo o corpo, atingindo determinados setores, e que ao alcançar nossos músculos, as emoções produzem movimentos diversos, podem ser repentinos ou calmantes, espontâneos ou provocativos, enfim, liberdade de movimento.
A alegria expande o ego e contagia. Salutar é desfrutar a vida com prazer e compartilhar com os amigos, parentes. Ter alegrias por suas vitórias, suas realizações. É auto-estima. Sendo a alegria uma emoção contagiante há tendência a aproximação física, toques, abraços e afagos.
Por meio da alegria, do riso, da diversão, o ser humano revela sua disposição em se aproximar, pesquisas demonstram que a alegria, o riso, faz bem para o bem-estar mental, físico e social, além de diminuir a tensão muscular, o estresse e a ansiedade, reforça a imunidade e diminui a dor.”
    Sabemos que nem sempre é fácil sorrir, mas na certeza de que somos importantes para Deus e para os outros, façamos sempre este esforço por o nosso bem viver e dos nossos irmãos.
 

7. A arte de Divertir

Ambiente e símbolos do dia: Instrumentos diversos relacionados a esportes, jogos, livros infantis, brinquedos, instrumentos musicais. 

Oração Inicial
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo. Amém. (3 x) (Cantado)
(O coordenador motiva os presentes a repetirem a seguinte oração)
Pai amado. Vós sois a nossa força! Nós queremos viver bem, com criatividade. Ensina-nos a ser como D. Bosco, pessoas dinâmicas que vivem alegria de serem filhos de Deus.
Jesus esteja conosco no pátio, no campo, nas oficinas e não permita que sejamos vencidos pela tristeza.
Espírito Santo vem animar a nossa Colônia de Férias, dê-nos as virtudes da coragem e do amor, para praticarmos o que é bom. Amém.

Leitura bíblica: I Coríntios 9, 24-25.
Canto: Observando nas ruas e nas praças (canta, canta meninada – Zé Vicente – O senhor tem muitos filhos).

REFLEXÃO 

Se pararmos para pensar, quem não gosta de se divertir? Divertir a si e aos outros é semrpe uma ótima oportunidade de estar com os amigos ou de fazer novas amizades e percebemos que nestes momentos sempre trazem felicidade, especialmente com a participação de todos ao nosso redor, mas será que já refletimos sobre  a importância destes momentos para nossa vida?
    O lúdico é uma dimensão profunda da vida humana. Está presente em todas as culturas. Ela tem a função de preparar o coração para saborear a vida. Há uma diversidade enorme de manifestações típicas de nossa natureza lúdica: criação de jogos, brincadeiras, diversões, festas, ritos, expressões de humor...
    Criação de instrumentos musicais, canções, danças, poemas, teatro, cinema, jardins, parques... O lúdico é a expressão externa do prazer de viver, da harmonia e alegria presente na interioridade humana. O ser humano além de homo sapiens, homo faber, homo socialis é também homo ludens. Assim como atividades desportivas e culturais  fazem mais do que preencher o tempo ocioso: são fundamentais para o desenvolvimento da sociabiliade e das relações interpessoais.
    Por isso, os esportes e as artes têm um papel fundamental na formação de crianças e jovens, pois desenvolvem conhecimento, habilidades, valores e posturas que contribuem para um crescimento harmônico e para a formação da cidadania. O próprio Dom Bosco, valorizava muito “estar no pátio” e já dizia: “ os exercícios ginásticos e desportivos, a música, a declamação, o teatro e os passeios são meios eficacíssimos para alcançar a disciplina, favorecer a moralidade e conservara saúde”. Ele também percebia que o jovem se sentia valorizados e que despertava o seu potencial criativo.
    O sinal mais imediato, comprovador de nossa dimensão lúdica, estampa-se em nosso próprio rosto através das inúmeras expressões do sorriso humano. Pode-se perceber, na verdade, uma dupla necessidade: a de sorrir e, principalmente, a de colher sorrisos. Então, como cristãos, devemos buscar as artes, os esportes e  diversões saudáveis, que  respeitem a dignidade humana, não excluem e que nos tornem pessoas melhores.
    De forma equilibrada e saudável, cultivar esta dimensão de nosso cotidiano é essencial. Lembrando também que a experiencia de Deus deve alegrar o nosso coração, Seguir Jesus não deve ser um fardo. A alegria e o encantamento diante da vida é uma de nossas marcas ( “Santidade é alegria”).
OBS:
Foram utilizados alguns trechos do texto “O lúdico que liberta”, de Edwar Neves M. B. Guimarães, publicado em http://www.arqmariana.com.br/

 

6. A arte de amar


 
Ambiente e símbolo do dia: Recortes de Jornais e revistas retratando a experiência afetiva entre namorados, casais e amigos.

Oração Inicial
Nas horas de Deus, amém! Pai, Filho e Espírito Santo! Luz de Deus em todo canto, nas horas de Deus, amém! (2x)
Nas horas de Deus, amém! Que o coração do meu povo, de amor se torne novo, Nas horas de Deus, amém! (2x) (cantado)

(O coordenador motiva os presentes a repetirem a seguinte oração)
Pai de ternura e misericórdia, nós estamos em tua presença para ti pedir a graça de nos amarmos uns aos outros.
Jesus, muitas vezes os nos isolamos, magoamos nossos irmãos e não praticamos a tua vontade. Perdão, Jesus.
Espírito Santo vem morar em nossos corações e faz crescer dentro de nós os sentimentos de verdadeiros filhos de Deus. Amém.

Leitura bíblica: 1 Coríntios 13, 1-7.
Canto: Pedaços de si.

 
 REFLEXÃO
 
“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” Jo 13, 14

Especialmente ao nascer, o ser humano demonstra a sua fragilidade e dependência dos outros. Ele sai de uma situação de conforto, no ventre da mãe, para uma situação de separação, de desamparo, que só conseguirá vencer por meio do amor. Nesse complexo de redes que constitui o ser humano, a sexualidade emerge como elo de harmonia, tornando-o capaz de amar verdadeiramente o ‘outro’.
A palavra “amor” invadiu o vocabulário cotidiano e, não poucas vezes, é usada de maneira imprudente. A discussão sobre a vivência do amor, na contemporaneidade, é bastante complexa. A rapidez das mudanças provadas nas últimas décadas, em diversos setores sociais, reflete, sem dúvida, na maneira de pensarmos os compromissos ‘amorosos’. Neste espaço, as possibilidades de laços românticos vem e vão em velocidade cada vez maior, tonando as pessoas descartáveis. A atração e força inicial do amor parecem ser insuficientes à perseverança na convivência. Isto se dá, muitas vezes, pelas errôneas ideias de felicidade que nos são apresentadas, quase sempre nos apontando para relações momentâneas e pontuais.
O amor é, ao contrário, a vontade de proteger; neste caso, a sobrevivência só é possível a partir do reconhecimento do outro ‘ser’. Enquanto o desejo tem como fim somente o uso da pessoa como objeto, o amor assume outra postura, crescendo na medida em que promove o outro. Este é, por si mesmo, aberto à eternidade; não pode aliar-se ao desejo, entendido como passageiro.
Quando dizemos que o amor é uma arte, afirmamos que há o que se aprender com ele, não é algo dado, ou que brote apenas dos sentimentos. A princípio, deveríamos desconsiderar toda afirmação de que o amor é simples e não traz em si quaisquer problemas a serem enfrentados. O amor não está associado à ausência de dificuldades, mas à capacidade de superação dos mesmos. Outro fator limite é que as pessoas tendem a ver o amor de forma passiva; elas sempre esperam serem amadas; por isto, no máximo, se preocupam apenas em ser dignas de amor, não tomando a atitude de amar por primeiro. A cultura de consumo também age diretamente sobre as relações humanas, de maneira que as pessoas passam a ser vistas, em suas qualidades apontadas pelo ‘mercado da personalidade’.
Há alguns elementos indispensáveis a uma relação amorosa: cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento. O cuidado refere-se à preocupação ativa com aqueles que amamos, para os quais é preciso dedicar tempo e trabalho. A responsabilidade, antes de revelar-se uma obrigação, é um ato voluntário que assume as necessidades do outro como próprias. O respeito caracteriza-se por ‘olhar com atenção’; considerar a pessoa em sua individualidade, tudo com base na liberdade e nunca na exploração. O conhecimento do outro também é indispensável e só posso fazê-lo quando consigo transcender as minhas próprias preocupações, para ver o outro como ele é.
Somente quando entendido como opção, isto é, mais do que sentimento de bem-estar, o amor poderá tornar-se entrega. Só então se compreenderá a possibilidade de realização das promessas a longo prazo, de relações duradouras e eficazes, como frutos de um itinerário de formação humana que atravessa toda a vida. Num mundo onde as facilidades são atrativas, ousamos afirmar a importância das relações que foram edificadas sobre o verdadeiro e custoso propósito de amar.

Qual a relação entre amor e sentimento?

Referência:
FROMM, Erich. A arte de amar. Trad. de Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

5. A arte de crer


 (experiencia religiosa)

Ambiente e símbolos do dia: Símbolos que retratam o sagrado: Ícones, livros de orações, a Bíblia, incenso, etc.

Oração Inicial
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo... (cantado)
(O coordenador motiva os presentes a repetirem a seguinte oração)
Pai querido, nós não nascemos do nada. Cremos que fomos criados por vós para vivermos bem.
Jesus, o Senhor é a nossa luz, esteja sempre conosco para que sejamos teus amigos de verdade e possamos te apresentar aos nossos amigos também.
Espírito Santo vem dá-nos o dom da fé, nós queremos formar uma comunidade que crer na construção de um mundo melhor. Amém.

Leitura bíblica: João 1, 35-41. 
Canto: Dentro de mim existe uma luz.


REFLEXÃO 

Vinde, e vede. Foram, e viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia.”
Jo 1, 39

Para falar de experiência religiosa iniciamos pelas perguntas fundamentais do ser humano sobre si mesmo, sua origem e fim: quem sou, de onde vim e para onde vou. Queremos, contudo entender que foi na busca de uma resposta a essas perguntas que o homem reconheceu-se como um ser religioso.
As respostas dadas à existência humana nunca se esgotam, pois não evidenciam de forma plena aquilo que somos. A busca humana por respostas é o que caracteriza o nosso ser religioso. O ser religioso que somos é conseqüência do nosso encontro com Deus.
Dessa forma a religião passa a fazer parte da cultura humana, não só como conceito, mas como experiência de vida. Assim, é a religião que passa a dar ao homem as respostas acerca de sua origem e natureza. Transcendente, divindade, ser superior, sagrado são expressões usadas para definir essa força criadora, que não foi criada e existe desde sempre.
Para nós cristãos a experiência com o transcendente se dá no encontro com Jesus. Na origem da fé cristã há um grupo de homens e de mulheres que, encontrando-se com Jesus de Nazaré, fizeram a experiência de Deus. Viram Jesus, ouviram-no, tocaram-no, admiraram-no e o amaram e alguns dentre eles, o seguiram. Como encontraram Deus nele? Santo Agostinho tem a respeito uma bela resposta. "Viram o homem e creram em Deus". Sua experiência de Deus foi uma síntese ativamente estabelecida e mantida entre uma percepção humana de um lado, e de outro, uma fé que avançava bem para além desta percepção. Sua experiência de Deus não era o sentimento ou o conjunto de sentimentos que poderiam ter na presença de Jesus, mas a síntese destes sentimentos com sua fé. E esta síntese tinha efeitos profundos e permanentes em suas vidas.
Podemos sentir Deus em tudo e em todos. Sua presença se dá por meio de todas as suas criaturas. Por isso podemos senti-lo na natureza contemplando a sua beleza; podemos prová-lo no contato com nossos amigos, no sentimento que une um casal apaixonado; nas relações de afeto dentro de nossa família como também na relação intima conosco mesmos onde nos confrontamos com nossas virtudes e limitações. Desse modo aprendemos a conviver com as pessoas aceitando-as como são, pois veremos nelas a presença de Deus.
E não é uma presença insignificante, mas que nos preenche e dá sentido ao nosso existir. Nós precisamos de Deus, necessitamos senti-lo e percebermos seu infinito amor por nós em todas as experiências de nossa vida.