“Questa é la mia casa”. Don
Bosco
(Esta é a minha casa )
Com o amigo semeador...
Queridos amigos! Com
Dom Bosco, nesse momento de oração, bendigamos ao Deus criador e Senhor da
vida, que nos deu todos os meios necessários para bem vivermos.
(Sugerimos que além da bíblia, sejam postos em
destaque algum pequeno vaso com plantas e uma foto\imagem de Dom Bosco)
Em nome do Pai..
Canto-
Olho Em Tudo (Vilma Dantas)
Olho em tudo e sempre encontro a Ti
Estas no céu na terra a onde for
Em tudo que me acontece encontro teu amor
Já não se pode mais deixar de crer no teu amor
É impossível não crer em Ti
É impossível não te encontrar
É impossível não fazer de Ti meu ideal (x2)
Leitura Bíblica- Dan.3.57-90
Para refletir..
Na sua opinião, porque os três jovens bendizem as
obras do Senhor ?
Que tipo de relação podemos fazer entre a expressão
de Dom Bosco (Esta é a minha casa), e a leitura Bíblica?
Pai Nosso\Ave Maria
Oração- Deus todo-poderoso, autor da bondade e beleza das criaturas,
concedei que em vosso nome iniciemos, alegres, este dia e que o vivamos no amor
generoso e serviçal a vós e a nossos irmãos e irmãs. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Regando
a Semente...
Dom
Bosco e seu contato com os jovens e os campos
“Por
diversas vezes me pergutastes em que idade comecei a preocupar-me com os
meninos. Aos 10 anos fazia o que era compatível com essa idade: uma espécie de
oratório festivo... Todos me escolhiam
ou por juiz, ou amigo. De minha parte fazia o bem a quem podia, e o mal a
ninguém. Os companheiros me queriam com eles, para que eu os defendesse em caso
de briga. Porque, embora pequeno de
estatura, possuía força e coragem para incutir medo nos companheiros de idade
bem maior. Mas o que os reunia ao meu redor e os arrebatava até a loucura, eram
as histórias que eu contava.
Os
exemplos ouvidos nas pregações ou no catecismo, as leituras que eu fazia me
forneciam material. Dessa forma, juntaram-se a eles também alguns adultos e, algumas vezes, indo a
Castelnuovo ou de lá voltando, outras, num campo ou num prado, via-me rodeado
de centenas de pessoas que acorriam para escutar um pobre menino que, salvo um
pouco de memória, era ignorante na ciência, embora passasse entre eles ser um
doutor.
Havia
ali nos Becci um prado, onde cresciam então algumas arvores, das quais resta
ainda uma pereira, que naquele tempo muito me ajudou. Amarrava a essa arvore
uma corda, que depois prendia em outra, a alguma distância...Quando tudo estava
preparado, e o público ansioso para ver o espetáculo, convidava-os a rezar o
terço, depois entoávamos um canto. Após uma
breve explicação do evangelho que eu tinha ouvido pela manhã e rezarmos
um pouco, passava-se logo ao entretenimento.
Já nos
tempos do oratório, no ano de 1845 quando a Marquesa Barolo decidiu que nosso
oratório saísse da capela anexa ao edifício do Pequeno Hospital de Santa
Filomena, mesmo sabendo que o local destinado aos recreios, escola ou a capela
não tinha comunicação alguma com a parte interna do estabelecimento, foi
preciso obedecer. E ocultando minhas preocupações, mostrava-me de bom humor e a
todos distraía, contando mil maravilhas do futuro Oratório, que naquele momento
existia apenas na minha mente e nos desígnios de Deus. E num domingo de Julho
de 1845, pegam-se bancos, genuflexórios, cadeiras, cruzes e quadros. Cada um
carregava o que podia em meio a algazarra, risos e mágoas. Na verdade, fomos, a
maneira de uma emigração popular, estabelecer nosso quartel general, em outro
lugar indicado.
Somente após mais duas ou três mudanças, no
ano de 1946, alugamos um prado dos irmãos Filippi, onde atualmente existe uma
fundição de ferro-gusa. Encontrei-me lá a céu aberto, em meio a um prado,
cercado de fraca sebe(ramos espinhosos), que deixava passar livremente quem
quisesse entrar. Os meninos eram de 300 a 400, que encontravam seu paraíso
terrestre naquele oratório, cujo teto e paredes eram toda a cobertura do céu.
(Fragmentos
extraídos das Memórias do Oratório de São Francisco de Sales)
Cuidando
do Broto...
O céu e os campos: A beleza da obra é a marca da
perfeição do artista.
Em geral nossa tradição salesiana enfatiza o papel
de mamãe Margarida na educação de João Bosco, falamos que foi ela quem instruiu
o filho para a primeira comunhão, ela que falava das maravilhas de Deus para os
filhos. Mas, sem dúvida alguma, a camponesa analfabeta soube demonstrar quão
grande é Deus através dos sinais da natureza. Basta pensar na vastidão de uma
noite estrelada, na beleza das grandes colinas dos Becchi. Quando se é criança
impressionamo-nos com tudo que desafia nossa compreensão. Com o pequeno João
Bosco não foi diferente, certamente ao observar as belezas da criação ele
pensava na perfeição do Criador, claro que com os devidos limites de uma
criança. Mas, certamente, desde pequeno soube ver na beleza das criaturas o
traço de seu Mestre Criador. Quando já era adolescente e ia aos campos
trabalhar ouvia ressoar no silêncio das colinas a voz de Deus que aos poucos
foi se juntando ao seu profético sonhos dos nove anos e mais tarde o
impulsionaria a decisão de entrar no seminário.
Nosso sistema de educação não pode esquecer-se da
importância de ressaltar a criação. Dom Bosco era um camponês, sabia da
importância da natureza tão bem que valorizava as famosas “férias no campo” como
um prêmio para aqueles que melhor se comportavam. Sendo um santo a frente de
seu tempo com certeza se preocupava com o crescimento acelerado de Turim não só
pelos problemas sociais, mas pelos problemas ambientais também. Ora, é
imprescindível lembrar que uma coisa está unida a outra. Em geral a degradação
ambiental está ligada a problemas sociais. É muito comum vermos em nossas
cidades, grandes e pequenas, que os bairros mais “sujos” são os mais pobres, os
mais abandonados, pois não possuem visibilidade suficiente para se preocupar
com os que lá vivem. Nossa vida de correria e trabalho eliminou um fator fundamental
da vida humana, o fator da observação e contemplação da natureza. Quem tem
tempo para observar uma bela noite estrelada? E estando em uma cidade, quem
consegue? Essas “coisas” não nos dizem respeito, são coisas de criança. A
evolução de nosso modo de vida consumista e reducionista transformou tudo que antes era sagrado em um
monte de acasos. Se no passado as pessoas viam a natureza como um grande
mistério divino, hoje a observam como a possibilidade de lucro.
Dom Bosco estimulava seus jovens a uma cultura de
responsabilidade, ser um “bom cristão e honesto cidadão” é na verdade sentir-se
responsável por todas as esferas sociais. Não é uma questão de ativismo
religioso ou de defender uma causa que não nos pertence, mas é sim entender
nossa responsabilidade como cidadãos. Essa responsabilidade implica diretamente
em pensar nos nossos irmãos, não como “os outros”, mas como semelhantes. Existe
uma máxima em várias culturas que diz que “não se ama o que não se conhece” de
fato, só podemos amar aquilo que conhecemos, pois é partindo do conhecimento
das coisas que aprendemos a valorizá-las. A nova configuração de mundo em que
nos encontramos requer de cada cidadão uma postura de cuidado com tudo que nos
cerca, sobretudo o meio ambiente. Educar para uma cultura sustentável é buscar
criar contato entre os jovens e o meio ambiente, para que conhecendo possam
ama-lo e amando possam preservá-lo.
Ao olhar para o céu noturno e ver tantas estrelas
Joãozinho Bosco pensava “Se Deus nos deu tanto, o que podemos nós dar a Ele em
retribuição?” Talvez nós homens não possamos dar a Deus um presente tão grande
como a criação, pois somos muito limitados, porém acredito que o maior presente
para um artista é ver que os que desfrutam de sua obra a respeitam e cuidam
dela. A criação é a maior obra de arte que existe, ela não é só única, ela é
única e inestimável, pois a sua manutenção é a prova de que soubemos respeitar
seu Autor. Devemos passar de uma educação consumista e descartável para uma
educação preventiva e de cuidado, basta voltar a fonte, voltar a forma de
contemplação que Joãozinho fazia ao sentir a brisa nos campos ou ao ver os
pássaros que voavam livres, com eles seu pensamento se elevava até Aquele que
os deu assas e vida, Aquele que nos dá a capacidade de Ser e de amar, Deus!
S. Ivan Alves-SDB
Refletindo e debatendo...
Será que na nossa
realidade, as crianças e jovens são educados a considerar o meio ambiente como
sua casa? Partilhe algumas situações positivas e situações que precisam ser
revistas.
Quais traços na educação
do menino João Bosco, podem nos servir como “luzes” para bem viver a colônia de
férias?
Quais ações podemos
adotar nessa colônia de férias para ainda mais valorizar a nossa “casa comum”?
Cultivando a vida...
(Para esse momento,
põe-se a disposição papeis coloridos, canetas, e uma caixinha\sacola. Em
seguida, pede-se a todos os animadores que escrevam uma característica que mais
lhe chamou a atenção nos textos formativos de hoje. Depois de pôr seus papeis
na caixinha, faz-se um “sorteio”, e cada
participante o terá como compromisso para a colônia de férias)
Comentarista- Amigos! Este nosso encontro nos ajudou a perceber não só a realidade
que as criaturas do Senhor ocuparam na vida de Dom Bosco, mas como contribuíram
na formação do seu perfil, orientando suas ações. Que cada um ao tirar da
caixinha e receber o seu recadinho, considere ser o próprio Dom Bosco, pedindo
que você adote essa característica para essa colônia de férias.
Fontes
http://letras.mus.br/vilma-dantas/1195889/
Liturgia das Horas-
Volume compacto (Terça feira da III Semana)
João Bosco, São,
1815-1888. Memórias do Oratório de São
Francisco de Sales. Trad. Fausto Santa Catarina; Edição revista e ampliada
aos cuidados de Antônio da Silva Ferreira.Brasília: Ed.Dom Bosco,2012.
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